domingo, 7 de março de 2010

Caso Nokia – Um participante multimedia

A Nokia está à frente da nossa sociedade global, conectada e em rápida evolução. A sua visão, as suas tecnologias móveis, as suas aplicações inovadores estão a mudar a maneira de pensar e aprender, de comunicar e efectuar uma transação a uma velocidade inacreditável.

Contudo, as origens da maior empresa da Finlândia, maior fabricante mundial de equipamentos de comunicação, estão mais calcadas na natureza. Sem dúvida, a história da Nokia é fabulosa, é a narrativa da evolução e adaptação comercial.

A Nokia foi fundada em 1865 por Fredik Idestam. No início, a empresa não passava de uma humilde fábrica de polpa de papel. A companhia expandiu-se e passou a produzir artigos de borracha na cidade finlandesa de Nokia, e logo adoptou o nome do lugar. No final da Segunda Guerra Mundial, a Nokia adquiriu a Companhia Finlandesa de Cabos, produtora de cabos telefónicos.

Na década de 1970, a Nokia envolveu-se ainda mais no ramo das telecomunicações, ao desenvolver o Nokia DX200, um interruptor digital para comutação telefónica. Na década de 1980, a empresa introduziu uma linha de microcomputadores chamada Mikromikko, que mais tarde fundiu-se com a ICL e passou a desenvolver telefones móveis para a rede NMT: Mas a empresa teve graves problemas financeiros nos anos 1990, e adaptou a sua linha de fabricação de telefones móveis, de infra-estrutura móvel e de outras áreas de telecomunicações, tendo desistido de artigos como televisores e microcomputadores.

Actualmente, a Nokia vê-se como um participante multimedia. Ela reconhece o potencial do telefone de ser mais do que um aparelho em que se fala e se ouve. Ele é também um dispositivo de informação e entretenimento, uma calculadora e um aparelho para fechar um negócio. Mesmo admitindo que vem a perder terreno nos últimos anos para empresas como a Samsung e a Motorola, a Nokia está a redireccionar os seus esforços para reconquistar a liderança do mercado.

Sem dúvida, a empresa vê os mercados a mover-se em ciclos de inovação tecnológica, mais difusos e cheiros de opções, mercados técnicos e racionais, tornando-se mais orientados ao design, mais coloridos e homogéneos, humanos e emotivos. O resultado é que a Nokia está a preparar-se para nos conduzir, com senso estético, a uma nova geração de dispositivos de comunicação mais personalizados (Fonte: “Marketing Genius”, Peter Fisk, 2006).

Talvez a Nokia tenha sucumbido ao que ela vê como um dos paradoxos do sucesso de mercado, como:
- Quanto mais amadurecem os mercados, menos os clientes ficam envolvidos. Eles aceitam e esperam pelas empresas, em vez de ficarem entusiasmados com as novidades.
- Quanto mais popular o produto fica, mais difícil é parecer interessante. Omnipresença não combina com afirmação da individualidade.
- Quanto mais o produto fica, menos pessoal se torna. Mas os clientes estão a procurar por relacionamentos mais profundos com as marcas que consomem. Quanto ao objectivo da marca Nokia ele é claro e simples – conectar pessoas.

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