quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tem problemas no seu processo de aprovação?

Senhor empresário, como todos sabemos, os "yes-man" sempre foram o estereótipo da ineficiência empresarial. Porém, o maior desperdício de recursos e de emoções são as pessoas a quem os de língua inglesa chamam os "no-bodies". São os elementos da cadeia de comando que dizem "não", mas não "sim". Ou seja, podem dizer-lhe que é sim, iludem-se a eles própris de que é sim, mas a verdade é que, se disserem não o trabalho tem que ser refeito, alterado, revisto, ou mesmo destruído. E se disserem sim, o que realmente querem dizer é: "É seguro para mim, pode mostrá-lo ao meu chefe".



Estes elementos, por vezes, são o assistente de alguém, outras, são o director que reporta a um vice-presidente com poucas funções de gestão (ou um vice-presidente que reporta a um responsável máximo com poucas funções de gestão). Na maior parte dos casos, são simplesmente pessoas na organização a quem foi dada autoridade mas pouca responsabilidade. Como resultado, podem apenas criticar ou comentar - e sentem que, quando não fazem críticas ou comentários (mesmo que o trabalho decorra como previsto e de acordo com a estratégia), não estão a fazer o seu trabalho.



Normalmente, o efeito dos "no-bodies" é sentido pelos intervenientes externos, especialmente nas negociações entre as entidades externas e a empresa. Este tipo de intervenção é desgastante, destrói a ideias e o espírito tem um custo incalculável, em termos de tempo e de dinheiro desperdiçado. Em quase todas as fases, os "no-bodies" sentem-se na obrigação de fazer algum tipo de comentário ou recomendação, o que apenas atrasa o processo e desmoraliza os fornecedores.



Assim, senhor empresário, olhe para a sua organização de cima-abaixo na hierarquia da empresa e pergune a si próprio quantas pessoas existem no processo a dar opiniões sem terem qualquer responsabilidade real de aprovar o trabalho em questão. Tire-as do caminho! Ou as torna responsáveis por dar luz verde ao trabalho ou não as deixe dar opinião acerca do que é apresentado.



É difícil tirar os "no-bodies" do caminho?´De facto é! Especialmente quando se aperceb da quantidade de vezes ao longo do seu dia de trabalho em que é um "no-body". Por isso, comece por si. A coisa mais difícil que um gestor tem de aprender é a não se "arrastar" no trabalho. Tem que ser capaz de perguntar a si próprio: "Estou a melhorar o trabalho, ou simplesmente a fazê-lo de forma diferente? Um mau gestor acredita sempre que o está a melhorar. Um excelente gestor ponderará primeiro se as mudanças que está prestes a sugerir farão alguma diferença significativa - e escolherá as suas batalhas de acordo com isso. Em realação aos seus subordinado, faça o mesmo e perceba se são ou não "no-bodies".

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