domingo, 2 de agosto de 2015

Na era da Internet como vender melhor a sua marca

Com a instalação da crise na Europa e da austeridade nalguns países, entre os quais Portugal, toda a gente está preocupada com o que pode suceder à classe média  (média-baixa, média-média e média alta). Essa preocupação não é só das pessoas como tal e como consumidores, mas também, como é óbvio, das empresas, que ficam sem saber qual o nível do poder de compra, como desenhar as estratégias em tempos de crise e sobretudo como vender (apresentar os produtos, definir preços, promover os produtos, enfim desenhar o marketing). Isto acontece porque as empresas têm que continuar e aumentar a sua actividade (delas é que vem o emprego e o verdadeiro crescimento).

Acontece que os consumidores (internos e externos) continuam a acreditar nas marcas. Porquê? Essencialmente por motivos de identificação, sobretudo nas roupas e afins, nos carros (mesmo sendo baratos ou em 2ª mão) e em tudo o que se relaciona com a sua própria imagem. Noutros casos, por exemplo, os consumidores acreditam nas marcas com bom design para colocar em casa e utilizar, por questões de conforto e bem estar ou mesmo pelo gosto em receber amigos (pela imagem). Na alimentação, a preocupação principal dos consumidores vai para a qualidade, seguida do preço, pondo a qualidade em primeiro lugar, mas ficando sempre, no acto de compra, sujeitas ao preço. Tudo isto, em princípio, toda a gente do marketing sabe (e muito mais sabem os "marketeers"). No entanto, para muitas empresas surge o problema de os consumidores (devido à crise) terem perdido a capacidade de continuar a comprar certas marcas. Por esse motivo, todas as esperanças estão postas nas exportações.

No caso do mercado interno, há que analisar bem qual o “target” que pretendem atingir, não tanto em termos socio-económicos mas no aspecto de desejo de identificação, tendo em conta que o seu poder de compra já não é o mesmo, mas muito menor. Assim, o aspecto do preço é fundamental e os restantes aspectos essenciais das marcas (protecção dos consumidores, benefícios, imagem de marca, capacidade de fidelização, etc.) terão de manter-se, com a habilidade de justificar perante os consumidores porque é que o preço é inferior, pois para muitos o “low cost” em relação a certos produtos não funciona da mesma forma que o faz no caso das companhias de aviação. Acresce que a expressão “low cost” tem sido sujeita a uma enorme banalização, o que no meu entender, é marketing barato. As marcas têm que ser prestigiadas (valorizadas) e não banalizadas. Diz-se por vezes mal da vaidade, mas ela está na natureza humana.

É aqui que a Internet tem apresentado grandes vantagens e continuará a apresentar, porque o consumidor compreende perfeitamente porque é que é possível vender boas marcas online a preço acessível. Daí assistir-se cada vez mais a sites de venda com enormes descontos em marcas que anteriormente (nas lojas) eram bem mais caras. A questão importante que se levanta é que as empresas continuam a enviar e-mails de venda de marcas indiscriminadamente sem controlar minimamente os resultados, limitando-se a admitir e a esperar que talvez consigam obter cerca de 2% de respostas e ainda menos no que refere à concretização da venda.

A resposta para essas empresas é a utilização do Inbound Marketing (marketing com base na permissão), bem como do SMarketing (integração dos departamentos de marketing e vendas como um só), para além do já relativamente velho CRM (gestão de relacionamento com o cliente). Em seguida, as empresas terão que dar um passo em frente e começar a usar as redes sociais para vender mais (em substituição do típico acompanhamento por e-mail). Para finalizar esta mensagem, aqui deixo quatro ideias: (1) O marketing na era Google é muito mais do que Webmarketing, como já se tem dito; (2) Mesmo em tempo de crise, as marcas continuam a ser (para muitos consumidores) trampolins para uma vida mais feliz; (3) Não pode esquecer-se que as PME’s exportadoras vendem no estrangeiro e muitos mercados externos estão em expansão (sem crises); (4) Através de um Website a PME pode transformar clientes potenciais em clientes efectivos se utilizar as redes sociais, tendo então que aprender a usá-las para vender a sua marca.

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